quarta-feira, 21 de novembro de 2007
DONAS DE AMANHÃS
DONAS DE AMANHÃS
Merlânio Maia
As minhas crianças
São cheias de encanto,
De alegre acalanto,
De brilho e calor...
Tão especiais
Iguais às crianças
De cabelos, tranças...
Repletas de amor
São minhas Amandas,
João, Daniel,
Lucas, Isabel,
Thiago, Luana,
Rodrigo e Carla,
Rafael, Mayara,
Virgínia e Mara,
Val, Edna e Ana...
Suas gargalhadas
Ecoam no espaço
Dançam no compasso
Vivem a cantar
Fazem traquinagens
Gritam, soltam pum,
Sem motivo algum
Saem a requebrar
Todas são carecas
Doces bagunceiras
Suas brincadeiras
Também tão iguais
Às da criançada
De todas as cores
Também sentem dores
São normais, normais!...
Mas não são tão livres
Pois o seu futuro
Se esbarra num muro
Branco hospitalar
Elas portam câncer
Lutam todo o dia
Contra a tirania
Que as vem devastar
Luta dura, infame,
Luta fatigante
Luta tão gigante
Luta desigual
Luta tão constante,
Luta bruta e forte,
Luta contra a morte
Luta desleal!
E tome coragem,
Tome valentia,
Pois a terapia,
As enchem de ais
QT, ânsia, enjôo,
Agulhas e exames,
Pra que a morte infame
Não vença jamais
São tão pequeninas
E as vejo vencendo,
As vejo crescendo,
E as vejo tão sãs
São os meus amores
Meninos, meninas,
Crianças divinas
Donas de amanhãs!
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